Leituras de poesia com a poeta Rosa Alice Branco 5
Transkrypt
Leituras de poesia com a poeta Rosa Alice Branco 5
IBERYSTYKA UW - serwis Instytutu Studiów Iberyjskich i Iberoamerykańskich UW Leituras de poesia com a poeta Rosa Alice Branco 5-6.XII O Instituto Camões, em colaboração com o Instituto Cervantes, tem o prazer de a/o convidar a assistir às noites de poesia ibérica que decorrerão nesta semana com a poeta portuguesa Rosa Alice Branco em Cracóvia e em Varsóvia. - No dia 5 de Dezembro (6ª feira) às 19:00, Rosa Alice Branco participará numa leitura de poesia com o poeta espanhol Martin Lopez Veja na Livraria Elite, Cracóvia (ul. Mały Rynek 4). - No dia 6 de Dezembro (Sábado) às 18:20, a poesia de Rosa Alice Branco virá até Varsóvia para uma leitura com o poeta espanhol Miguel Merino na Livraria Czuły Barbarzyńca (ul. Dobra 31).As leituras serão em língua original e haverá projeção do texto dos poemas em polaco. A entrada nos encontros é livre. Sejam muito bem-vindos! ROSA ALICE BRANCO é poeta, ensaísta e tradutora. Doutorada em Filosofia, é professora de Teoria da Percepção na Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos e investigadora no Departamento de Comunicação e Arte na Universidade de Aveiro. Tem oito livros de Poesia publicados em Portugal, incluindo a sua obra reunida intitulada: Soletrar o Dia – Obra Poética, pelas edições Quasi, 2003. Publicou ainda Amor quanto baste (com desenhos de Paulo Neves) em 2005. Como ensaísta publicou O que falta ao Mundo para ser Quadro, e A Percepção Visual em Berkeley. Como poeta, está publicada em livro em vários países, como Espanha (Horizonte Pegado a la Piel, 2002), Tunísia (Do Verde até à Árvore, 2002; A Palmeira de Kairouan, 2003), Suiça (Le Baiser de l'Infini, 2003), Brasil (Soletrar o Dia, Escrituras, S. Paulo, 2005). Québec (Épeler le Jour, 2007), Luxemburgo (Le Monde ne finit pas dans le Froid de tes Os, 2008) e Venezuela (Deletrear el Dia – obra poética reunida, 2008). Está traduzida e publicada (poesia e ensaio) em inúmeras revistas de diversas línguas. Organiza o Encontro Internacional de Poesia: "Em Voz Alta", assim como Colóquios e publicações sobre literatura. É presidente de Limiar – Associação de Produções Culturais. Rosa Alice Brancotłum. Michał Lipszyc SÓ OS GATOS Hoje os gatos não comeram. Foram-se juntando aos poucos no telhado e nem a chuva os fez abrir a língua. Nem a água desaguou a voz, ou os gatos miaram. Aquelas passadas que só os gatos sabem afastaram-nos das palavras incisas em mármore ou no granito deitado. Do plástico florido. Das flores que a ausęncia perpetua. Hoje as campas estão silenciosas e os gatos com as garras espalmadas contra as telhas, com o olhar que só os gatos olham, não sabem ainda se perderam a fé na vida ou mais na morte. Sentem um nó inominado na garganta como todos nós. No cimo do telhado dizem não ao céu. Querem afirmá-lo de perto. TYLKO KOTY Dzisiaj koty nie jadły. Zgromadziły sie powoli na dachu i nawet deszcz im nie rozwiazął języków. Nawet woda nie uwiodła ich głosu, nawet nie miauczały. Te kroki, do których tylko koty są zdolne, oddaliły je od słów wyciosanych w marmurze lub w powalonym granicie. Od kwiecistego plastiku. Od kwiatów, które nieobecność uwiecznia. Dzisiaj dzwony milczą, a koty, z pazurami rozpłaszczonymi na dachówkach i spojrzeniem, które tylko koty mogą rzucać, jeszcze nie wiedzą, czy straciły wiarę w życie, czy w smierć. Coś nienazwanego http://iberystyka-uw.home.pl Kreator PDF Utworzono 2 March, 2017, 06:44 IBERYSTYKA UW - serwis Instytutu Studiów Iberyjskich i Iberoamerykańskich UW ściska je w gardle, jak wszystkich nas. Ze szczytu dachu mówią niebu: nie. Chcą, by słyszalo to z bliska. DIA DOS MORTOS Todos os caminhos vão dar ao mesmo. Escolho um número e uma árvore e se está sol sento-me na pedra: tudo depende da resposta que se espera. A invasão neste dia é como dizer: morreste. Não é tanto estar morto que faz mal, é estar do outro lado com tanta terra entre nós e eles saberem hoje que somos mortais. Aqueles que amam ainda mais ferozmente do que os vivos - porque são alheios a tudo o que fazemos -, esperam uma vez por ano flores iguais a nós, arrancadas à vida, frescas por uns dias. Quando pendem os caules, sabem que estamos perto, que entramos pelos poros da terra até ao fundo à procura deles. E não sei se podem suportar mais esta dor dentro do frio fora de nós. DZIEŃ ZMARŁYCH Wszystkie drogi zawiodą w to miejsce. Wybieram numer i drzewo i jeśli świeci słońce, siadam na kamieniu: wszystko zależy od tego, jakiej się oczekuje odpowiedzi. Dzisiejsza inwazja jest jak stwierdzenie: umarłeś. To nie tyle sama smierć przeszkadza co fakt, że jestem po drugiej stronie i tyle ziemi nas dzieli i że oni wiedzą dziś o naszej śmiertelności. Ci, którzy kochają jeszcze zacieklej niż żywi – bo obce im wszystko, co robimy – czekają raz w roku na kwiaty, nam podobne, wyrwane życiu świeże przez kilka dni. Kiedy zwieszają łodygi oni wiedzą, że jesteśmy blisko że przenikamy przez pory ziemi do dna szukając ich. I nie wiem, czy jeszcze mogą znieść ten ból – pośród zimna, poza nami samymi. http://iberystyka-uw.home.pl Kreator PDF Utworzono 2 March, 2017, 06:44